A História, essa mestra da vida – quando não manipulada ideologicamente – é um farol que mostra o passado, se reflete no presente e aponta os caminhos do futuro. Assim pensava Marcus Tullius Cicero, orador e político da Roma antiga, o primeiro a chamá-la Magistra Vitae.
Vive-se em nosso País tempos inquietos e muitas vezes despreza-se a História, até a mais recente, e por isso mesmo alguns se decepcionam. Perde-se a esperança e se desacredita no velho marinheiro que, conforme a canção, no meio do nevoeiro confia no seu leme e leva o barco devagar.
Portanto, sentindo firmeza nos propósitos pessoais e confiança na bússola da História, vai se verificar que o rumo da nau brasilis, que até poucos anos atrás levava em direção a Cuba e a Venezuela, mudou de direção.
E mais ainda, os novos navegantes, ao contrário dos últimos, não são do tipo de piratas do Caribe que viveram os últimos anos dos assaltos que praticavam no tesouro nacional.
Ao se resolver trocar de tripulação e de rota, todos sabiam perfeitamente que não se trataria de um milagre. A escolha por um novo caminho foi clara. Era mais um basta do que uma opção por um novo modelo politico.
A melhor definição que se tem do momento atual não veio de um doutor de Harvard, nem de um brilhante comentarista politico, mas sim do dono de uma grande rede varejista que, com simplicidade afirmou” Bolsonaro pode não ser o melhor fertilizante, mas certamente é o melhor pesticida, para a lavoura chamada Brasil.
Pesticidas, como se sabe, tem contraindicações, mas matam grande parte do mal pela raiz. Cabe a ao brasileiro mostrar que nem todos são iguais, em primeiro lugar, porque hoje não se tem mais uma organização criminosa no comando do País e os que votaram no atual governo não formam uma seita e muito menos referendam tudo o que o Presidente diz ou faz.
Muito pelo contrário, as criticas são constantes, não há compromisso com o erro, não existem bandidos de estimação e não se aceita nepotismo, nem quando travestido por adjetivos. Só nesse aspecto já se tem uma baita mudança, como se diz nos pampas gaúchos.
No fundo o que de fato mudou não foi a forma de governar, mas, e principalmente, a de escolher os governantes. Nos últimos tempos surgiu um nova categoria politica: os eleitores internautas.
Por essa razão vive-se um clima de permanente atenção e sempre que preciso esses eleitores internautas se mobilizam, ocupam todos os canais e ganham as ruas. Neste momento, por exemplo, um recado está sendo dado com força e vigor: Nepotismo nem pensar.
A História, essa mestra da vida, por tudo o que já aconteceu no Brasil, aconselha, que se deve confiar, e que não adianta nada querer colher sem antes limpar e plantar e, se necessário, voltar a limpar e a plantar.