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A eleição brasileira de 27 de outubro de 2024 revela mais do que uma simples mudança nas administrações locais: ela expõe uma trajetória de descontentamento latente, que começou com o quase empate técnico na vitória da esquerda em 2022 e hoje se manifesta numa derrota contundente e simbólica para suas bandeiras e ideais. Os resultados expressivos em várias capitais e municípios do país demonstram, de forma inequívoca, o distanciamento entre o eleitor brasileiro e o discurso identitário e de viés woke, que não encontra eco no conservadorismo cultural nem na preferência pela liberdade econômica que marcam a sociedade brasileira.
A ideia de política identitária, construída sobre características pessoais como gênero, raça, orientação sexual e outras, coloca em primeiro plano divisões que o eleitor brasileiro não vê como norteadoras de uma agenda nacional. A tentativa de consolidar tais divisões como pilares de um projeto de poder colide com valores profundos que se enraizaram em nossa cultura, como a defesa da família, da autonomia econômica e da liberdade de expressão. Para muitos brasileiros, a sobreposição de identidades particulares ao bem comum se revela uma agenda artificial, distante e excludente. E é exatamente essa desconexão com o senso comum que explica o desgaste progressivo da esquerda ao longo dos últimos anos, agora explicitado nos resultados eleitorais.
Se há uma lição que fica clara com esta derrota é que o país não se alinhou com a proposta identitária nem com a agenda woke. Pelo contrário, os brasileiros parecem buscar representantes que priorizem a unidade e os interesses coletivos, respeitando as tradições e valores nacionais e preferindo uma abordagem pragmática aos problemas do cotidiano. O fenômeno observado reflete o que a mídia consorciada insiste em ignorar: a derrota acachapante nos municípios mostra que o eleitor está atento e faz suas escolhas em busca de segurança, oportunidades econômicas reais e respeito à sua cultura e história. Em outras palavras, a agenda de divisões identitárias e de transformações sociais radicais encontra aqui uma barreira cultural.
Este contexto revela muito mais que um resultado adverso para a esquerda, já que ele desmascara uma visão de país que, ao se distanciar das reais demandas dos brasileiros, passou a comprometer seu próprio futuro. A falta de identificação da população com pautas que desprezam a cultura conservadora brasileira coloca uma interrogação sobre o real compromisso desses grupos com a liberdade de expressão e a pluralidade de ideias. A eleição deste outubro, portanto, é um marco: esclarece o passado recente, desnuda as pretensões do presente e, para aqueles que tentarem repetir o caminho trilhado até aqui, compromete de modo inevitável seu futuro político
The Vote That Clarifies Yesterday, Today, and Tomorrow

The October 27, 2024 Brazilian election reveals more than just a shift in local administrations: it exposes a trajectory of simmering discontent that began with the near technical tie in the left’s 2022 victory and has now manifested in a decisive and symbolic defeat for its principles and ideals. The expressive results across numerous cities and municipalities throughout the country unmistakably demonstrate the distance between the Brazilian voter and the identity-focused, woke-inspired discourse that fails to resonate with the culturally conservative, economically liberal, and free-expression-valuing Brazilian society.
The idea of identity politics, constructed around personal characteristics like gender, race, sexual orientation, and others, puts forth divisions that Brazilian voters do not see as guiding a national agenda. The attempt to consolidate these divisions as pillars of a power project collides with deeply rooted values in our culture, such as family preservation, economic autonomy, and freedom of speech. For many Brazilians, prioritizing individual identities over the common good reveals itself as an artificial, detached, and even exclusive agenda. It is precisely this disconnection from common sense that explains the progressive erosion of the left over recent years, now clearly laid bare in the election results.
If there is one clear lesson from this defeat, it is that the country has not aligned with either the identity-focused proposal or the woke agenda. On the contrary, Brazilians seem to seek representatives who prioritize unity and collective interests, who respect the nation’s traditions and values, and who take a practical approach to daily problems. The phenomenon observed reflects what the mainstream media insists on ignoring: the overwhelming defeat in municipalities demonstrates that voters are alert and make their choices based on a desire for security, real economic opportunities, and respect for their culture and history. In other words, the agenda of identity-based divisions and radical social transformation encounters a cultural barrier here.
This context reveals far more than an adverse result for the left, as it unmasks a vision for the country that, by distancing itself from Brazilians’ actual needs, has begun to undermine its own future. The lack of public identification with agendas that disregard Brazil’s conservative culture raises questions about these groups’ true commitment to freedom of expression and the plurality of ideas. The election this October, therefore, is a milestone: it clarifies the recent past, unmasks present pretensions, and, for those who would attempt to tread the same path, irrevocably jeopardizes their political future.
Visão lúcida e incontestável do cenário brasileiro atual, Pode refletir um despertar do longo torpor social imposto por visões utópicas desprovidas de racionalidade sobre uma população vulnerável.
Dr Flávio, agradecemos seu comentário e apreciamos considerar que a sociedade brasileira mais uma vez demonstrou ser conservadora nos costumes, liberal na economia e defensora da liberdade de expressão. Redação do Two Flags Post/Henderson, NV,US. Dr. Flávio, we appreciate your comment and appreciate that Brazilian society has once again demonstrated that it is conservative in its customs, liberal in its economy and a defender of freedom of expression. Editorial Staff of Two Flags Post/Henderson, NV,US