ROSH HASHANÁ [1]
Na verdade, o Rosh Hashaná é conhecido como o “grande feriado” por marcar o início de outras significativas comemorações. Em geral, o período é comumente utilizado para que os judeus possam se redimir de suas falhas e buscar uma vida mais harmoniosa com os ensinamentos divinos. Segundo o calendário judaico, o ano novo deve ser comemorado no primeiro dia do mês de Tishrei[3], data em que D’us teria criado o homem.
Os adeptos ao judaísmo celebram uma intensa meditação espiritual voltada para o perdão de seus pecados. Para isso, devem buscar a aprovação divina por meio de várias orações, o sincero arrependimento e a realização de ações beneficentes. No “grande feriado”, também existe um forte elo com o livre-arbítrio dado por D’us, pois é através dele que o homem pode ver a si mesmo e, com isso, estar espiritualmente forte.
A noção de contagem do tempo também se reflete em importante crença na qual os judeus encaram o Rosh Hashaná como um tempo de vida e morte. Seria justamente nos dez primeiros dias do ano novo que o fiel poderia escolher ter ou não o seu nome inscrito no “Livro da Vida”. Além disso, o grande feriado é o tempo em que se celebra o “dia do julgamento”.
Segundo as tradições judaicas, esses julgamentos são relembrados em diferentes ocasiões experimentadas no primeiro dia do ano. Os judeus acreditam que foi nesse dia que Adão e Eva ingeriram do fruto da Árvore Proibida e que Caim teria assassinado seu irmão Abel. Paralelamente, o grande feriado também é compreendido como o dia da lembrança.
O dia da lembrança faz referência ao importante dia em que Abraão demonstrou sua abnegação espiritual ao quase sacrificar Isaac, seu único filho, à mando de D’us. Esse evento exorta os praticantes do judaísmo a sempre acolherem aos designíos de D’us sem questioná-lo. Somente são abençoados aqueles que obedecem às orientações divinas sem, em nenhum momento, duvidar de seu proveito e suas bençãos.
Uma última comemoração que integra essa importante festividade religiosa judaica é o dia do toque do shofar. Espécie de instrumento musical sagrado tocado para se relembrar a história de Abraão e o carneiro que foi oferecido à D’us. Além disso, muitos judeus acreditam que o uso desse instrumento relembra a proximidade do povo judeu aos grandes propósitos de seu único e verdadeiro D’us.
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[1] FONTE: https://www.historiadomundo.com.br/hebreus/rosh-hashana.htm
[2] Rosh Hashaná é o aniversário do universo, o dia em que D’us criou Adam e Eva, e é celebrado como o mais importante do ano judaico. Começa ao pôr do sol na véspera
de 1º de Tishrei (18 de setembro de 2020) etermina após o anoitecer em 2 de Tishrei
(20 de setembro de 2020).
FONTE: https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/603056/jewish/Rosh-Hashan.htm
[3] Tishrei ou Tishri (em hebraico: ‘תִּשְׁרִי ou תִּשְׁרֵי, do acadiano tašrtu —“início”—, de šurrû —“iniciar”—) é o primeiro mês do calendário civilhebraico, e o sétimo mês do calendário religioso, sendo um mês lunar de 30 dias. Inicia-se no outono do hemisfério norte.
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tishrei
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André Garcia Martin possui graduação em Arquitetura e Urbanismo, especialização em Ecologia Urbana e Planejamento do Espaço Urbano e mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Estudioso das questões sociais e filosóficas, dedica-se, também, ao judaísmo humanista.