No final da década de 90 os acidentes de trânsito no Brasil ultrapassaram os limites das batalhas mais violentas. A sociedade brasileira mobilizou-se para enfrentar aquela guerra em um tempo, diga-se de passagem, em que não existiam as poderosas redes sociais que hoje aproximam as pessoas em questão de segundos.
Foi então que surgiu o programa de redução de acidentes conhecido pela sigla PARE. A mobilização foi forte e uma chama pela paz no trânsito saiu de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, em direção a Brasilia e lá chegou com um abaixo assinado com um milhão de assinaturas.
Muitos soldados valorosos participaram desse esforço, mas alguns são inesquecíveis. Um deles foi Rui Fernandes, diretor do Infoglobo, que lutou bravamente pela paz no trânsito. Um belo ele dia me procurou e disse que queria me apresentar um cara que certamente vestiria a camisa.
Foi assim que conheci Ricardo Boechat e passei admirá-lo pelo seu profundo amor ao próximo e sua luta em defesa da paz no trânsito.
Sempre me perguntava sobre o que move pessoas como Rui Fernandes, Ricardo Boechat, Mauro Bentes, Alexandre Garcia, sempre muito ocupados, a deixarem seus afazeres para se dedicarem voluntariamente à paz no trânsito.
Só hoje obtive a resposta pela voz embargada de Veruska Seibel Boechat ao dizer “meu marido praticava o mandamento mais importante que era o amor ao próximo, nunca vi uma pessoa se preocupar tanto em ajudar os outros…. ”
Somos testemunhas do seu amor e dedicação a uma das grandes causas em defesa da vida. Que a Paz sempre o acompanhe…