O jornalista, radialista e advogado Joseval Peixoto, ícone da imprensa brasileira, ao participar da inauguração dos novos estúdios da Jovem Pan, teceu uma verdadeira ode à Liberdade de Imprensa ao lembrar dos idos de sessenta e seis, quando fez o primeiro programa que se transformaria no prestigioso Jornal da Manhã.
Foi buscar em Virgílio a frase latina que melhor se ajustava ao momento: libertas quae sera tamem, dístico dos inconfidentes que em tradução comum significa liberdade ainda que tardia.
E foi além, citou o poeta Paulo Bonfim que afirmou: “amo tanto a liberdade que gostaria de ter filhos com ela”.
A Jovem Pan pode ser considerada hoje um dos poucos meios de comunicação que está fora do engajamento partidário e da dependência financeira que maculam a maioria dos veículos considerados como “grande imprensa”.
Isto, seguramente, explica por que as palavras de Joseval Peixoto soaram tão verdadeiras.
Espera-se, entretanto, que não se perca a marca do Jornal da Manhã e o tom coloquial dos jornalistas que tradicionalmente fazem reconhecer a emissora, em bancada separada, apresentam alguns tópicos de noticias e anunciam a hora certa e que se consagrou, pelo tom das vozes, no famoso “repita”.
Construir o novo sem arquivar o tradicional é mais do que um desafio, afinal quem ouve e assiste Jovem Pan sempre buscou algo diferente do que já existe por aí.
Salve, salve o tradicional “repita”, nas vozes que todos se acostumaram a ouvir, o despertador de tanta gente, o novo que nunca envelhece!!!
José Roberto de Souza Dias