Ainda agorinha examinei os mais conhecidos veículos de imprensa, aliás é o que faço diariamente. Hoje tinha um objetivo específico, saber a repercussão do Ironman Brasil, essa competição valorosa que há dois anos não acontecia, devido a pandemia provocada pelo Covid 19.
Afinal mais de 2.000 competidores participaram desse evento esportivo que se espraiou por Florianópolis e teve como centro motor Jurere Internacional que, diga-se de passágem, cada vez mais é merecedor de tal titulação.
Ao longo do domingo festivo uma chuva insistente deu o ar de sua graça, mesmo assim não foi capaz de esfriar o animo dos atletas nem do público que com gritos e apitos estimulavam os competidores a resistir e seguir em frente. Um verdadeiro espetáculo de companheirismo e de resistência esportiva, emoldurado, como diz o poeta, pela beleza desse pedacinho de terra perdido no mar.
Passados mais de sete horas do começo das provas e eis que desponta na Avenida dos Búzios os primeiros vitoriosos. O público foi ao delírio ao identificar os dois brasileiros, Reinaldo Colucci e Pâmella Oliveira, que se destacaram entre os 2.203 participantes, provenientes de 34 países.
As provas se estenderam até tarde da noite e a torcida, mesmo com o rigor do clima, permaneceu fiel estimulando aqueles que já esgotados não se deixaram vencer pelo cansaço e seguiram em frente até atravessarem a faixa de chegada.
Foi no mínimo interessante notar que havia um grande ausente, a velha imprensa, que o pouco que cobriu o fez com desinteresse, sem perceber tratar-se um dos mais significativos triatlos internacionais que, aliás, seleciona os competidores para o Ironman World Championship 2022. Um verdadeiro privilégio para o Brasil e Santa Catarina.
O desinteresse do velho e carcomido consórcio de imprensa existente no país, comprova que esses veículos de comunicação perderam sua independência, rasgaram suas histórias e nesse momento se transformaram em folhetins ideológicos de baixa confiabilidade.Basta observar a cobertura de certos eventos, como carnaval e shows, apologéticos ao consumo da droga e do álcool, ao desprezo jornalístico dedicado ao Ironman Brasil.
Não é atoa que as pessoas busquem as redes sociais e as mídias alternativas para fugirem da manipulação descarada exercida pelo consórcio de imprensa. A sociedade brasileira pós pandêmica está de olhos bem abertos, sabe muito bem que tão grave quanto a fake news é o apagão de noticias praticado pelo consórcio de imprensa.Tornou-se incapaz de noticiar um evento com milhares de participantes, como fez com o Ironman Brasil, simplesmente ignorando nos noticiários locais e nacionais. Por outro lado é capaz de colocar imagens de florestas em fogo de anos atrás, como se fossem atuais!