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JURERE INTERNACIONAL, AGORA É SAMBA!
Na região norte da Ilha de Florianópolis, especificamente em Jurerê Internacional, tem-se observado uma priorização do alargamento da praia em detrimento de questões mais urgentes. Este artigo visa destacar a gravidade dessa escolha, trazendo à tona um estudo recente que revela os impactos catastróficos do derretimento de gelo na Antártida.
A pesquisa, publicada na revista Nature Geoscience em 7 de fevereiro de 2024 e divulgada pela CNN EN ESPAÑOL, indica uma rápida perda de gelo na Antártida, conforme observado pelo glaciologista Eric Wolff, da Universidade de Cambridge, Inglaterra.
Por meio de pesquisas científicas de alto nível, evidencia-se uma redução significativa na camada de gelo antártico. Essa conclusão oferece uma visão crítica da velocidade com que o gelo derrete, contribuindo para o aumento do nível do mar.
A vulnerabilidade das localidades costeiras precisa ser considerada diante de intervenções como as que estão sendo realizadas em Jurerê Internacional.
É crucial observar o que está ocorrendo neste exato momento em outras partes do mundo, sujeitas aos efeitos devastadores de fortes chuvas resultantes dos chamados “rios atmosféricos”, também conhecidos como rios voadores ou rios aéreos.
Esses fluxos atmosféricos, muitos dos quais causados pelo descongelamento antártico, têm provocado inundações severas e deslizamentos de encostas em muitas localidades, principalmente nas áreas costeiras ocidentais do mundo, incluindo o sudeste da América do Sul e a costa oeste da América do Norte, como atualmente observado na Califórnia.
Os resultados dos estudos conduzidos pelo glaciologista Eric Wolff reforçam observações publicadas em trabalhos anteriores, alertando para os cuidados necessários em intervenções ambientais nas áreas costeiras do sudeste do continente sul-americano, onde está situada Florianópolis.
Portanto, é imperativo abordar as questões climáticas de forma proativa. Ignorar tais informações pode resultar em consequências desastrosas para a comunidade e o meio ambiente local.
É importante ressaltar que não se trata aqui de uma abordagem ideológica, como é comum entre os defensores do eco desenvolvimento, mas sim de um alerta rigoroso sobre o alargamento de praias em épocas eleitorais, onde a visibilidade das obras ganha importância sobre outras questões urgentes, como o saneamento básico, cujas obras ocorrem abaixo da superfície, e a construção de hospitais, que demanda anos para ser concluída
Não é necessário fazer um grande esforço para entender a razão da pressa em alargar uma praia com muita visibilidade na midia.
Este é um ano eleitoral, e os candidatos, inclusive os em busca de reeleição, estão cientes da Lei 9.504/1997, art. 77, que proíbe a inauguração de obras três meses antes do pleito, sob pena de cassação das candidaturas. Assim, julho é o limite, e para permanecer dentro da legalidade, as obras precisam ser concluídas antes desse prazo.
Moradores, turistas e trabalhadores de praia, que se conformem, a draga funciona 24 horas por dia, a areia grossa vai sendo espalhada e pelas pás dos tratores os banhistas vão sendo empurrados para outra ponta da praia de Jurere.
Afinal, a administração pública está cumprindo sua prioridade: o crucial alargamento de uma praia badalada, que, segundo os relatos, será inaugurado em abril, antes do prazo estipulado.
Não restam dúvidas, apenas certezas: o hospital na região norte da ilha não será construído, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) continuará lotada, as estradas continuarão incapazes de suportar o tráfego, o transporte público marítimo privado de qualidade permanecerá como um sonho de verão, assim como o monotrilho, os banheiros públicos nas praias talvez só sejam uma realidade na próxima temporada, assim como o aumento da fiscalização e do policiamento. O problema do esgoto continuará invisível, apenas sentido pelo cheiro, e os prejuízos dos turistas e vendedores de praia no atual verão não incomodam tanto, pois a maioria não vota aqui. Mas a praia de Jurerê estará bela para o próximo verão, mas rendendo prestigio imediatamente!
Como uma antiga manchete do Estadão já dizia, AGORA, É SAMBA…
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