Durante muito tempo acreditou-se que a inteligência se referia exclusivamente aos chamados aspectos cognitivos, ou seja, aos processos de atenção, percepção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e formas de expressão.
Ao longo dos anos – desde a segunda década do século anterior – renomados cientistas que atuam na chamada área da inteligência, passaram a reconhecer a validade dos aspectos não cognitivos.
David Wechsler, em 1940, fundamentou a importância dos fatores não intelectuais sobre o comportamento inteligente. Chegou a defender que essa formula não estaria completa até que esses fatores não fossem considerados.
Posteriormente, Howard Gardner desenvolveu a teoria das inteligências Para Gardner, pesquisador da Harvard University, indicadores de inteligência como o QI não explicam completamente a capacidade cognitiva.
Na década de 90 do século passado a expressão inteligência emocional deixou o campus universitário e ganhou as ruas, tornou-se tema de vários livros e de uma infinidade de debates em universidades, escolas e redes de televisão, mundo afora.
O ápice dessa discussão se deu com a publicação, em 1995, do livro Inteligência Emocional, de Daniel Goleman, redator de Ciência do New York Times. A Revista Time, em outubro do mesmo ano, perguntava em sua front page:Qual é seu QE?
O Artigo de Nancy Gibbs teve a incrível capacidade de desacomodar pessoas e instituições, que passaram a considerar outros valores, além dos cognitivos. O emocional se fez presente nas avaliações profissionais, entre outras.
Os especialistas começaram a avaliar, além do cognitivo, a capacidade do individuo em administrar a sua própria emoção, a reação à critica, sua habilidade para não confundi-la com ofensa, e sua destreza em construir relações saudáveis, mesmo em momentos de extremo stress.
Através da análise da Inteligência Emocional observa-se o potencial de controle individual, como o de nunca permitir que as emoções e situações adversas passadas controlem a vida presente, ao ponto de bloquear o cérebro e dar vazão a procedimentos traumáticos.
Atualmente grandes corporações, como as forças armadas, associações, empresas, bancos e universidades, etc., passaram a apreciar seus quadros não só pelo saber, mas pelo comportamento no enfrentamento de diferentes situações.
Valoriza-se assim as pessoas que em situações de extremo stress, não entram em colapso, mas são capazes sim, de se manter em perfeita harmonia consigo mesmas e com a sociedade que as rodeia. São os indivíduos com elevado quociente emocional.