As estantes estão ficando vazias e não está se falando da Venezuela, nem de Cuba, nem da Nicarágua, nem da Argentina, nem da Coréia do Norte, mas dos Estados Unidos e claro, os motivos são outros e a dimensão do problema muito menor, mas, aflitiva para uma sociedade consumista, acostumada a ter acesso à variedade de produtos, à qualidade dos serviços e à liberdade de expressão.
André Garcia Marti – colaborador deste periódico – informou que a Sra Rose Mary Garcia Ramirez, casada com o norte americano Bryan Dean Christianson, que vive em Orlando, na Flórida, comentou que seu marido percorreu alguns supermercados com o objetivo de comprar ovos e não conseguiu.
Disse que na cidade, tradicional destino turístico, está ficando difícil comprar alguns itens e se você não for muito cedo, as gôndolas poderão estar vazias. Foi o que aconteceu ao Sr Bryan ao passar por alguns mercados, como o Publix , Aldys e Costco e, mesmo assim, voltou pra casa sem ovos:
“ muita frustração ver a maioria das prateleiras vazias , tendo que voltar no dia seguinte e talvez ter um pouco de sorte…”
Tal situação pode ser corroborada por matéria recente da CNN Business, de seu editor-chefe Parrila Kavilanz, onde destaca que os consumidores descontentes com os preços e a falta de produtos ficam frustrados ao encontrar prateleiras vazias, como está ocorrendo, nos últimos dias, em algumas redes como, Joe’s, Giant Foods, Publix, Albertsons, Wallmart, em várias cidades da América.
A jornalista Eliana Post, fundadora deste periódico, constatou o mesmo em Las Vegas/NV. Entrevistou a consumidora Suely Boyd que lhe disse:
“Meu marido, Tim, precisa ir cedo ao mercado pois os produtos logo acabam e os funcionários, em número cada vez mais reduzido pela pandemia, não conseguem colocar em ordem as prateleiras. A imagem tradicional dos supermercado abarrotados de produtos e super bem organizados, parece coisa do passado”.
Evidentemente, tudo isso está diretamente ligado ao vírus e aos estragos que a pandemia continua provocando mundo afora, agora agravado pela variante Ômicron segundo os especialistas menos letal, mas que se dissemina rapidamente.
A falta de produtos nas prateleiras tem sido impulsionada também pelo inverno no hemisfério norte, com as pessoas permanecendo mais tempo em casa, estocando alimentos e preparando suas próprias refeições, o que nos USA não é comum.
A nova variante, transmitindo-se rapidamente, reduziu a força de trabalho de estabelecimentos que, em alguns casos, passaram a operar com menos de 50% dos seus quadros profissionais.
O auxílio emergencial concedido pela Casa Branca exacerbou a situação e fez com que muitos trabalhadores passassem a considerar seus salários originais baixos para se exporem ao risco de contaminação e optaram por continuar em casa.
A escassez de mão de obra pressiona e impacta a produção e distribuição de alimentos, segundo a CNN Business, a cadeia alimentícia não foi projetada para lidar com os protocolos de distanciamento social.
Um dos elos mais suscetíveis dessa corrente que vem prejudicando o suprimento dos supermercados é o sistema de transportes americano, com ênfase no transporte rodoviário de cargas, prejudicado por uma força de trabalho envelhecida e, também pela escassez de mão de obra, o medo da doença, espalhado pela mídia tradicional e o estímulo para que se fique em casa através dos cheques distribuídos pelo governo.
Tudo isso agravado pelas condições climáticas do inverno quando as estradas americanas tornam-se mais perigosas e o transporte mais lento.
Esse cenário reflete-se nas prateleiras dos supermercados, onde é comum encontrar avisos alertando que a falta de alguns suprimentos se deve as emergências climáticas. A dificuldade de escoamento gera o congestionamento dos portos, uma vez que o transporte sobre pneus não consegue dar vazão a demanda do mercado.
Por outro lado, é importante salientar que a América registra a maior inflação em 40 anos, que segundo a AFP atingiu o inimaginável patamar de 7% em 2021, com os preços de energia subindo 29,3% e os alimentos 6,3 por cento.
Desconsiderando esses vetores voláteis, a chamada inflação subjacente alcançou 5,5%, seu maior índice desde fevereiro de 1991. A meta da inflação do FED, o banco central americano, era de 2% ao ano, muito abaixo do que foi publicado agora, em 12 de janeiro de 2022.
Importante que se perceba que a crise econômica que atravessa os USA, o Brasil e outros países não é nacional, nem é culpa de um determinado governo, mas do vírus que contaminou a humanidade como um todo.
O Brasil, assim como os outros países, não estava preparado para ter suas atividades econômicas paralisadas, e o governo ser obrigado a desviar bilhões de recursos para dar assistência direta à sua população.
Deve-se observar que paralelo à expansão da epidemia, a opinião pública internacional se dividiu praticamente ao meio em relação as formas de combate ao vírus. Observe-se que no Brasil, nos USA e em outras partes do mundo, surgem grupos radicais que passam a tratar os que pensam diferente como se fossem inimigos.
Agressivos e persecutórios, denominam-se progressistas, mas se comportam como neo torquemadas, instalam verdadeiros tribunais do santo ofício para inquirir como hereges os que se opõem a seus dogmas.
Criam um novo tipo de Índex Librorum Proibitoron, onde alinham remédios e frases proibidas de serem apresentadas nas redes sociais.
Os Senhores da Verdade Absoluta não percebem uma coisa simples… os tempos são outros e a cidadania acordou !!!
José Roberto de Souza Dias, PhD
Two Flags Post Founder, Publisher & Editor-in Chief Journalist, Mtb 0083569 / SP/BR, Master in Economic History and PhD in Human Sciences at the University of São Paulo, Doctor Honoris Causa at the Faculty of Social Sciences of Florianópolis – Cesusc.
Eliana Post,
Two Flags Post, director, Founder, International Correspondent, Journalist Mtb 0083568/SP/BR, graduated from Mackenzie University, São Paulo/Brazil.
Charles Saba
Two Flags Post Founder, Security Editor & Advertising Sales Department, Journalist Mtb 0083622/SP/BR, urban planner and expert and international speaker on public safety.NET TV
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