A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP – divulgou recentemente alguns avanços que precisam estar ao alcance de todos, assim destacamos:
Obesidade X Doença cardiovascular;
Trabalho realizado na Inglaterra por pesquisadores da UNESP em colaboração com a OXFORD BROOKES UNIVERSITY, demonstra que pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores cintura-estatura próximos a um limiar de risco tem maior probabilidade de desenvolver distúrbios do coração, comparadas com pessoas com menores valores RCE.
A relação entre cintura e estatura pode indicar risco de doença cardiovascular mesmo em pessoas saudáveis.
RCEé um numero obtido pela divisão da circunferência da cintura, pelo da estatura e fornece informações mais precisas do que o índice de massa corporal IMC, que avalia a distribuição de gordurapelo corpo.
Pacientes com RCE menor do que 0,50 estão abaixo do limiar de risco, ao contrário dos que estão acima desse limite.
O artigo esta publicado em www.nature.com/articles/s41598-018-34246-5.
Pneumonia X Gripe
Geralmente uma pneumonia surge após uma gripe, e as mortes associadas à gripe estão mais ligadas à pneumonia que segue a gripe do que a gripe em si.
Esta relação teve recentemente seus mecanismos genéticos e celulares chaves esclarecidos em artigo que descreve o que controla a proliferação e o transporte do agente da pneumonia do nariz para o pulmão do paciente.
A inflamação causada pelo vírus da gripe prejudica a resposta imune inata no controle do pneumococo, principalmente a ação dos monócitos, leucócitos responsáveis por expulsar corpos estranhos, como vírus e bactérias.
Devido à gripe há um aumento considerável de bactérias no nariz dos indivíduos. Esse fato intensifica a predisposição do paciente em transmitir o pneumococo à outras pessoas.
A infecção da bactéria no nariz leva à rápida ativação dos neutrófilos e ao recrutamento dos monócitos, promovendo a limpeza por lise das vesículas do pneumococo. Essas vesículas rompidas levam o pneumococo até pulmão.
Saiba mais em https://www.nature.com/articles/s41590-018-0231-y.
Molecula que trata a insuficiência cardíaca
Segundo André Julião / Agência FAPESP, um grupo de pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos desenvolveu uma molécula que freia o avanço da insuficiência cardíaca e ainda melhora a capacidade do coração em bombear sangue.
“As drogas atuais freiam a progressão da doença, mas nunca fazem com que ela regrida. O que mostramos é que, ao regular essa interação específica, diminui-se a progressão e ainda traz a doença para um estágio mais leve”.
As doenças cardiovasculares matam anualmente 17,9 milhões de pessoas, 31% de todas as mortes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Globalmente, o infarto do miocárdio e a insuficiência cardíaca decorrente dele ainda são grandes fatores de morbidade e mortalidade. Para saber mais acesse: https://www.nature.com/articles/s41467-018-08276-6.
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