Lembro-me como se fosse hoje. Estávamos chegando à Bolonha e pela janela do trem os televisores apresentavam imagens de um desses filmes que ficaram perdidos em nossa memória. Perguntei para minha esposa se estava lembrada das cenas e passei a organizar nossas mochilas para o desembarque.

Como sempre fazemos em nossas viagens, por esse mundo afora, carregávamos pouca coisa, no estilo: uma roupa no corpo, uma lavando e outra de reserva. A mochila facilita a vida na Itália com suas escadas que não simplificam em nada, para quem confia nas rodinhas de suas malas.
Sem reserva nos hotéis, em um estilo aventureiro, o plano era deixar a bagagem no guarda malas da estação e procurar por um lugar. Caminhando pela plataforma notamos que não era um filme e que a mesma cena se repetia várias vezes. O barulho dos trens não permitia ouvir o que diziam. Algumas pessoas já paravam na frente dos monitores e pareciam não acreditar que aquelas cenas eram absolutamente reais.
O dia 11 de Setembro de 2001 – há dezoito anos atrás – traz para cada um de nós a lembrança daqueles ataques covardes a sociedade civil norte-americana. Passados o susto,a dor e o luto, o que se viu foi um dos mais significativos momentos de amor e solidariedade.
A cidade de New York, palco do maior ataque terrorista, emergiu ainda mais forte e soberana das cinzas e firmou-se ainda mais como Capital do Mundo. Da mesma forma, a democracia, a família, as liberdades individuais e coletivas e o livre mercado se firmaram como estacas fundamentais para manter um mundo, cada vez mais justo e perfeito.
Nos momentos de desesperança deve-se olhar para o terror do dia 11 de Setembro de 2001 e refletir que fora da Democracia não existe solução. A sabedoria está em faze-la evoluir, colocando tijolo sobre tijolo e, construir dessa forma, masmorras para os vícios entre os quais, a corrupção e templos para a virtude, representada pela Família e pelas liberdades individuais. Entre esses templos um se destaca por sua magnitude, a Escola, onde se aprende a ler, a contar e principalmente a pensar.
Que as cenas da janela de um trem jamais prevaleçam…