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Leão XIV e a Última Fronteira da Liberdade – Last Frontier of Freedom

terça-feira, maio 13, 2025

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Na Sala Paulo VI, no coração do Vaticano, sob os olhares atentos de mais de seis mil jornalistas vindos de todo o mundo, o recém-eleito Papa Leão XIV rompeu o silêncio com um discurso firme, direto e surpreendentemente corajoso. Num tempo em que a liberdade de imprensa sofre ataques em várias partes do planeta — inclusive no Brasil —, o Papa fez o que muitos líderes religiosos e políticos evitam: colocou-se com clareza e sem rodeios ao lado da imprensa livre.

“Somente povos bem informados podem fazer escolhas livres”, disse ele, ecoando uma verdade que muitos preferem ignorar. Ao defender a liberdade de expressão como um dom de Deus, Leão XIV não apenas legitimou o papel do jornalismo como pilar da democracia, mas convocou a humanidade a rejeitar a censura, a manipulação e a perseguição sistemática àqueles que ousam buscar e divulgar a verdade.

A força de suas palavras foi amplificada por exemplos concretos. O Papa citou o caso de Evan Gershkovich, jornalista americano preso na Rússia há mais de um ano, e pediu, com clareza evangélica, a libertação de todos os profissionais da imprensa detidos injustamente — na China, em Belarus, em Mianmar, em Israel. Nenhum nome, nenhum país foi poupado. A verdade, disse ele, não se curva a fronteiras ideológicas.

Ao mesmo tempo, Leão XIV fez um apelo veemente contra a guerra de palavras e a comunicação destrutiva. Alertou para os riscos de um jornalismo transformado em instrumento de polarização, de ataque, de sensacionalismo. “Desarmar as palavras”, como pediu o Papa, é promover uma imprensa que, sem abrir mão da denúncia e da crítica, recupere a dignidade da escuta, da verdade factual e da responsabilidade com o bem comum.

Essa mensagem ressoa com especial urgência no Brasil de hoje, onde a liberdade nas redes sociais está sob cerco crescente. Tribunais, agências de checagem partidarizadas e autoridades travestidas de defensores da ordem atuam como novos censores, decidindo o que pode ou não circular — sob o pretexto de “proteger a democracia”, justamente enquanto a enfraquecem. O ambiente se torna asfixiante, e a autocensura, regra silenciosa. A imprensa tradicional, em vez de resistir, muitas vezes se associa ao jogo de interesses e se cala diante da perseguição aos que pensam diferente.

Neste cenário, o gesto de Leão XIV é mais que simbólico. É um chamado à resistência moral. Um grito que deveria despertar jornalistas, leitores e cidadãos para o óbvio: sem liberdade de imprensa, não há democracia. E sem democracia, o que resta é o império dos poderosos, blindados contra a crítica, alimentados pela mentira e sustentados pela ignorância alheia.

Que os ecos dessa fala corajosa não se percam nos corredores dourados do Vaticano, mas reverberem nas redações, nas universidades, nos parlamentos e — sobretudo — nas ruas. A liberdade de imprensa não é um luxo ocidental nem uma concessão estatal. É o último bastião contra a tirania.

Leão XIV apontou o caminho. Cabe a nós seguir

Leo XIV and the Last Frontier of Freedom

In the Paul VI Hall, at the heart of the Vatican, under the attentive gaze of more than six thousand journalists from around the world, the newly elected Pope Leo XIV broke the silence with a firm, direct, and unexpectedly bold speech. At a time when press freedom is under attack in many parts of the globe — including Brazil — the Pope did what most religious and political leaders avoid: he stood openly and unequivocally in defense of a free press.

“Only well-informed people can make free choices,” he declared, echoing a truth many prefer to ignore. By defending freedom of expression as a gift from God, Leo XIV not only legitimized journalism as a pillar of democracy, but also called on humanity to reject censorship, manipulation, and the systematic persecution of those who dare to seek and share the truth.

The strength of his message was grounded in concrete examples. The Pope mentioned the case of Evan Gershkovich, the American journalist imprisoned in Russia for over a year, and called — with Gospel clarity — for the release of all journalists unjustly detained in countries like China, Belarus, Myanmar, Israel, and beyond. No name, no nation was spared. Truth, he reminded us, bows to no ideological border.

At the same time, Leo XIV issued a heartfelt plea against the ongoing war of words and destructive communication. He warned of the dangers of journalism being weaponized for polarization, attacks, and sensationalism. To “disarm words,” as he urged, means promoting a press that — without abandoning criticism or denouncement — rediscovers the dignity of listening, the commitment to factual truth, and responsibility for the common good.

This message rings with particular urgency in today’s Brazil, where freedom on social media is increasingly under siege. Courts, politically driven fact-checkers, and self-appointed guardians of “order” act as modern-day censors, deciding what may or may not circulate — all under the guise of “protecting democracy,” while in fact, dismantling it. The environment grows stifling, and self-censorship becomes the unspoken rule. Traditional media, instead of resisting, often plays along or turns a blind eye to the persecution of dissenting voices.

In this context, Pope Leo XIV’s gesture is more than symbolic. It is a moral call to arms — a cry meant to awaken journalists, readers, and citizens to an undeniable truth: without press freedom, there is no democracy. And without democracy, all that remains is the rule of the powerful — shielded from criticism, nourished by lies, and sustained by public ignorance.

Let the echoes of this brave address not fade in the gilded halls of the Vatican, but resonate in newsrooms, universities, parliaments, and — above all — in the streets. Press freedom is not a Western luxury or a favor granted by the state. It is the last bastion against tyranny.

Pope Leo XIV has shown the way. It’s up to us to follow it.

José Roberto Souza Dias, PhD
José Roberto Souza Dias, PhDhttp://twoflagspost.com
Co-Fundador, editor e editor-chefe do Two Flags Post Jornalista, Mtb 0083569/SP/BR, Mestre em História Econômica e Doutor em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo, Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Ciências Sociais de Florianópolis - Cesusc /// Founder, editor, and editor-in-chief of the Two Flags Post Journalist, Mtb 0083569/SP/BR, Master's in Economic History, and Doctorate in Humanities from the University of São Paulo, Honoris Causa Doctorate from the Faculty of Social Sciences of Florianópolis - Cesusc.

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