A musculação – exercícios resistidos – trabalha seus músculos contra uma resistência: levantar / empurrar pesos e a cognição refere-se aos processos mentais relacionados com a aquisição de conhecimento e compreensão, incluindo pensamento, memória, atenção e resolução de problemas.
Pesquisas recentes apontam que há correlação positiva entre o exercício resistido e a função cognitiva.
Os mecanismos fisiológicos que podem explicar como o exercício resistido melhora a cognição são:
Aumento do fluxo sanguíneo cerebral – a musculação pode melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro, fornecendo mais oxigênio e nutrientes.
Fatores neurotróficos – o exercício resistido tem sido associado com o aumento da produção de fatores neurotróficos, dentre eles o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Essas proteínas promovem o crescimento e a manutenção dos neurônios, potencialmente levando à melhora da função cognitiva.
Alterações hormonais – o treinamento de resistência pode levar a alterações hormonais que podem beneficiar a saúde cognitiva. O aumento da produção de testosterona, por exemplo, tem sido associado à melhora da função cognitiva.
Redução da inflamação – o exercício regular, incluindo a musculação reduz a inflamação sistêmica que tem sido associada ao declínio cognitivo.
Aprimoramento da função executiva – estudos recentes sugerem que o treinamento resistido pode melhorar as funções executivas como a resolução de problemas, multitarefa e tomada de decisões.
Aprimoramento da memória – exercício resistido pode ter um impacto positivo na memória de trabalho e de longo prazo, particularmente nos mais idosos.
Regulação do humor e do estresse – a musculação melhora o humor e os níveis de estresse e indiretamente, a função cognitiva.
Estrutura cerebral – o treinamento resistido pode causar aumento do volume de massa cinzenta nas regiões associadas à memória e ao controle cognitivo.
É importante notar que, embora haja evidências, sugerindo efeitos benéficos do resistido nas funções cognitivas, os mecanismos exatos ainda não são totalmente conhecidos e as respostas individuais podem variar. Também outros fatores devem ser considerados: dieta equilibrada, associação com exercícios aeróbios, sono de boa qualidade e estimulação cognitiva.
A avaliação médica e o seguimento personalizado por profissionais capacitados são muito importantes em qualquer novo programa de exercícios para que a segurança e eficácia do treinamento sejam asseguradas.