Leia, Comente, compartilhe… O Brasil atravessa um momento crucial, talvez o mais sério de sua História. Neste 7 de Setembro, a data que marca a Independência não pode se reduzir a desfiles e protocolos oficiais. É hora de transformá-la em um chamado à reconciliação nacional.
Vivemos tempos em que a intolerância substitui a razão, em que divergências políticas se tornam trincheiras pessoais e em que a liberdade de expressão, pilar da democracia, é comprimida sob interpretações arbitrárias. O país se divide, e enquanto isso a esperança do povo se dissolve em ressentimento.
É nesse contexto que o Dia Nacional do Perdão assume valor inestimável. Desde a infância, nossas raízes judaico-cristãs nos ensinaram três virtudes: caridade, amor e perdão. O perdão não é fraqueza, mas força moral. Está inscrito na Torá, no Novo Testamento, e ecoa na oração do Pai-Nosso, repetida por gerações de brasileiros como guia de fé e de vida.
A História ensina que nenhum regime, por mais duro, conseguiu sobreviver sem abrir espaço para a reconciliação. Até os tempos de maior autoritarismo terminaram quando se concedeu anistia, permitindo que a nação recomeçasse. Esquecer essa lição é condenar o Brasil a um ciclo sem fim de mágoas e vinganças.
Não existe futuro quando o rancor substitui a esperança. Perdoar não é esquecer, não é calar diante da injustiça. É exigir respeito à Constituição como ela é, e não como alguns a moldam segundo conveniências. É soltar o grito preso na garganta não para ofender, mas para pedir paz, justiça e reconciliação.
E se a Avenida Paulista, coração de São Paulo, já foi palco das maiores manifestações cívicas da nossa História recente, que se torne agora símbolo de um grito diferente: o grito pela unidade nacional. Porque o perdão, como a Paulista, é uma via de mão dupla: perdoar é também abrir-se para ser perdoado. O que se deseja para o futuro deve começar no gesto que se faz no presente.
O Brasil precisa de um reset moral. Precisa interromper o ciclo do ódio e semear novamente confiança. Perdão não é concessão de fracos, é ato de coragem dos fortes.
Neste 7 de Setembro, que cada voz se levante não contra irmãos de pátria, mas a favor do Brasil que queremos reconstruir: livre, justo, unido
Brazil’s National Day of Forgiveness
Every year, Brazil celebrates September 7 as its Independence Day. In 2025, this day takes on a deeper meaning: it becomes the National Day of Forgiveness.
Forgiveness has always been at the heart of Brazil’s Judeo-Christian heritage. From childhood, Brazilians are taught the virtues of charity, love, and forgiveness—values that echo in both the Torah and the New Testament. Forgiveness is not weakness; it is moral strength.
History shows that no society moves forward without reconciliation. Even in the darkest times, progress only began when forgiveness opened the way to a new start.
Today, when divisions run deep and voices of anger threaten unity, forgiveness must be our reset. Forgiving does not mean forgetting—it means demanding justice while refusing to remain chained to resentment.
Like São Paulo’s Paulista Avenue—the stage for Brazil’s greatest civic demonstrations—forgiveness is a two-way street: to forgive is also to be forgiven. What we want for the future begins with the choices we make today.
This September 7 is not only about independence from the past, but about independence from hatred. Forgiveness is courage. Forgiveness is freedom. Forgiveness is the path forward.
