A Ministra agiu corretamente seguindo seu chefe, primeiro desacreditou, depois quebrou e estraçalhou o termômetro. Agora, podemos ficar tranquilos, a febre acabou, a doença desapareceu e o paciente está livre, solto e definitivamente curado da corrupta doença.
O termômetro, esse vírus violento, deixou de amedrontar. Agora, destruído, largado e emporcalhando o chão do presente, parece não passar de um entulho de cacos e mercúrio.
Envoltos em suas capas pretas, os atores desse teatro mambembe, com suas caras e beiços, ofuscados pelos holofotes que iluminam a ribalta não perceberam a presença, no meio da audiência, de uma velha e sisuda senhora, a tal da Mestra da Vida, que tudo guarda e analisa e nunca disposta a passar o pano e limpar o piso do presente, pois ela, Ciência Histórica, não tem o poder de mudar os rumos do que está feito.
Sabe, a velha Senhora, que provas não se queimam e que ninguém devolve dinheiro que não roubou. Por outro lado, distingue a semântica jurídica dos fatos, uma vez que conhece como ninguém o passado, afinal guarda em sua mente, extraordinária, o Direito Romano, as falas de Ruy Barbosa e as sandices das ditaduras de todos os matizes.
Essa Velha Senhora, guarda entre seus anais, os recentes acontecimentos que transformaram o Direito em instrumento de dominação em Cuba, na Venezuela e na Argentina. Nesses países, como no Brasil recentíssimo, a forma se sobrepôs aos fatos e bandidos se transformaram em mocinhos, como afirma prestigiado jornalista.
Momentos como estes são reveladores, para atores e audiência…