Depois de muitos anos, hoje pela manhã, tive a oportunidade de visitar o recém reinaugurado Museu Paulista, que carinhosamente também é conhecido como Museu do Ipiranga, uma vez que se situa no bairro paulistano que tem o mesmo nome.
Uma visita, sem dúvida nenhuma carregada de uma grande emoção e nostalgia, uma vez que este que agora escreve é nascido e foi criado no referido Bairro Paulistano do Ipiranga.
As obras atinentes à reforma do complexo histórico administrado pela USP – Universidade de São Paulo (Monumento, Parque da Independência e Museu), duraram por volta de uma década, mas sem dúvida nenhuma valeu a pena esperar, pois além do restauro efetuado nos imóveis, monumentos e jardins, o projeto também dotou o edifício do Museu de uma nova e moderna infraestrutura (elevadores, escadas rolantes, etc.), à altura dos principais museus europeus, capaz de propiciar um expressivo conforto aos visitantes.
Como se isso não bastasse, também foram criados novos espaços (anfiteatro e salas para oficinas culturais), que possibilitaram um melhor aproveitamento do recinto, entretanto, em minha modesta opinião, o que merece destaque é a reconfiguração propriamente dita do conceito expositivo, o que torna inequívoco o fato de que embora esteja em um sítio histórico, no qual em 1822 foi proclamada a Independência do Brasil, pelo então Príncipe Regente Dom Pedro, o recinto em objeto não possui um acervo que na sua totalidade diga respeito, exclusivamente, ao evento histórico, pelo contrário o projeto de restauro, revitalização e concepção do espaço expositivo promoveu a fixação da real feição do museu, qual seja a de efetivamente se constituir em um Museu Paulista, pois a partir de um novo conceito o visitante pode, de fato, tomar conhecimento de um pouco da história do Estado de São Paulo.
Parabéns à Universidade de São Paulo pela obra realizada.
André Garcia Martin, Arquiteto